Cumprindo o ritual festejámos, nesta tão bonita casa amarela, o nascimento de Pestalozzi, data eleita para o dia da nossa escola.
Juntámo-nos, crianças e adultos, para fazermos a FESTA, pertença construída ao longo dos anos, no viver comum da ideia:
“Para que uma criança venha a ser um homem é necessário que possa fazer aquilo que a torna feliz.” Pestalozzi
E foi confortante sentirmos o silêncio atento das crianças a escutarem a música que, ao vivo, um pai e uma mãe tocavam com mestria. E foi interessante ouvir os comentários espontâneos dos meninos às imagens do filme onde se patenteava a história e o crepitar de escola. Reviam-se eles próprios a brincar e a trabalhar, descobriram os pais em convívio e partilha de atividades: - Olha eu estou ali! Ah! O meu pai.....a minha mãe!... E foi emocionante acompanhar, em coro, uma mãe que cantava e dois pais que tocavam instrumentos, belas e inesquecíveis canções que fazem parte do ideário e património cultural das suas vidas.
Que bom estarmos ali a tecer afetos, fios do passado, a viver o presente, a construir o futuro. Descobre-se, percebe-se que a essência de educar se transmite na comunhão do sentir, do fazer e do bem-estar, para pensar e sonhar. É o caminho sábio para conhecer e aprender. Como diz João dos Santos:
“É através da vida emocional que a criança apreende o mundo exterior.”
Estivemos todos, dos mais pequeninos da “infantil” aos maiores do 4ºano, com os jovens ex-alunos que nos visitaram mais os adultos, homens e mulheres, dos mais velhos aos mais novos, educadores por gosto protetores e envolventes, de braços e colo disponíveis para apaziguar e tranquilizar, de olhar atento e risonho para orientar e estimular. Foi tão bonito! Sentíamo-nos como parte integrante de um grupo com história e identidade própria e uma linguagem comum. Dançámos junto sem nos atropelarmos, em rodas convergentes, muitos em pequeno espaço com o ritmo e a cadência de quem vai aprender a ser, a estar, a respeitar.
À tarde, de novo reunidos, a professora mais antiga da escola, falou, contou e acentuou a vida de Pestalozzi pedagogo, professor, exemplo para nós. Foi a simplicidade e o saber da mestra que fala às crianças e sempre ouve aquelas que têm algo para dizer. Cantar os parabéns e comer as fatias dos seis grandes bolos, devidamente decorados pelos meninos, em cada sala, foi o doce terminar da festa. A todos os que já partiram, aos ausentes, aos presentes, àqueles que têm participado na construção desta feliz e eficiente comunidade escolar – OBRIGADA. A nossa firme vontade de continuar a obra em tempo e qualidade, cada vez mais ao serviço da criança.
MANUELA CRUZ