Tocaram à campainha e viu-se um "tsunami" de meninos de segundo ano a correr! "Foi a Milinha, que veio fazer uma visita!" Esta foi a resposta a "Qual foi a coisa mais divertida que aconteceu hoje na escola?" e é, para mim, a melhor definição desta escola. Um espaço onde todos se conhecem, onde cada um é único e fundamental.
Quando entrei pela primeira vez na escola o meu filho mais velho tinha dois anos e eu começava a pesquisar uma casa para ele brincar, conviver, aprender, estar, ser. Conhecia a escola de ouvir falar e da experiência de primas e primos que por cá foram passando. Umas das primas (na altura com 17 anos) disse-lhe "estou cheia de inveja de ti! Aproveita bem o Pestalozzi, foram os melhores anos de sempre!". Concluí que a escolha foi acertada.
A mim surpreendeu-me que logo no início, quando toquei à campainha a Julieta soubesse que eu era a mãe do João dos três anos. Nesta escola os pais também são únicos.
A adaptação dele foi muito fácil. Aprendeu a aprender da melhor forma. Em grupo, olhando o que o rodeia, olhando para si próprio, ouvindo e fazendo-se ouvir. Com entusiasmo, escolhendo os seus ritmos e interesses que sempre foram respeitados - mesmo quando em casa já não podíamos ouvir falar de planetas, ou mais recentemente de focas.
Desenvolve competências que vão muito para além da escrita, do cálculo ou do desenho. Aprende a refletir sobre o que acontece – a assembleia de turma é o ponto alto da semana. Aprende o valor da autonomia, mas também da interajuda e do trabalho em grupo. É uma aprendizagem feita de afetos e de respeito mútuo e por isso só pode ter bons resultados.
Para o ano a mana mais nova começa esta aventura e eu mal posso esperar, porque sei que vai ser muito bom. Sei que, tal como o irmão, ela vai crescer numa Casa que se preocupa com ela e onde o objetivo é que cresça feliz. Tal como o irmão e as primas e primos ela vai ter a certeza que esta é a melhor escola do mundo.
Obrigada a todos
Idalina Bordalo (mãe de um aluno do segundo ano) - 2013/2014